Lendo o capítulo oito da primeira carta de Paulo aos Coríntios, nos
deparamos com um importante princípio cristão, que muitas vezes
passa despercebido pela maioria de nós: a renúncia. Paulo ensina
que qualquer atividade questionável que possa levar um irmão a
pecar ou arruinar-se espiritualmente deve ser evitada (I Coríntios
8:13). Agir com amor para com nossos companheiros de fé, requer
abnegação.
Abnegação significa sacrificar-se em benefício de outrem, limitar
a nossa liberdade a fim de não ofender os irmãos sinceros que
acreditam estar firmados em princípios bíblicos (Gálatas 5:13).
Eu sei, nem sempre é fácil. Por que deixar de fazer algo que
considero certo só porque outros consideram errado?
Posso usar como exemplo minha própria vida. Tenho alguns gostos que
são considerados diferentes e até mesmo “pecaminosos” por
alguns. E durante certo tempo eu pensava da seguinte forma: “E daí?
Eu sei que estou certo, não estou pecando, tenho minha comunhão com
Deus. Se aquelas pessoas acham que é errado o problema é delas.
Deus conhece meu coração e sabe que o amo”. Sim, eu amava a Deus.
Porém, estava deixando de agir com amor para com meus irmãos
(Romanos 14:15, I João 2:9,10; 4:20). Demorei um pouco para
entender e aceitar esses princípios. Confesso que era muito chato
quando eu precisava abrir mão de algo só para não incomodar
alguém, sendo que na minha consciência eu estava certo.
Mas aprendi que esse era o caminho. Aprendi que precisava renunciar.
Aprendi que na verdade, não precisava de muita coisa. Bastava
talvez, apenas um pouco de bom senso para saber a hora e o lugar
certo para cada coisa. E continuo aprendendo e precisando aprender
cada vez mais. Haja aprendizado. rsrsrs
Quer exemplo maior de renúncia que o do próprio Senhor Jesus
Cristo? (João 3:16, João 15:12,13, Romanos 5:8, I Pedro
2:21-25). Ele veio a esse mundo sujo e distante de Deus, cheio de
homens pecadores, não se misturou com o pecado, amou a todos que
vieram até Ele, fez de sua vida um exemplo a toda a humanidade e nos
deu seu amor e sua vida, para que alcançássemos o favor não
merecido de Deus: a salvação e a vida eterna (Efésios 2:4,5).
Tá bom ou quer mais?
Devemos tomar cuidado com nossas ações. Aquele que acha que sabe
muita coisa pode demonstrar que não sabe como convém saber
(Provérbios 13:10, I Coríntios 8:2,11). Nosso conhecimento é
imperfeito e limitado. Por isso, nossas ações devem basear-se no
amor a Deus e ao próximo (Provérbios 6:16-19, Mateus 22:37-39,
Romanos 13:8-10, Gálatas 5:14).
Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação
de uns para com os outros. Nem sempre é fácil pagar um preço e
deixar de fazer algo que gostamos. Porém o mais importante é o
amor, e se este deixa de existir, já não somos dignos de sermos
chamados cristãos.
Por Fábio Santos
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