Por Sueli Viana
"É como se fosse um homem que, ao construir sua casa,
cavou fundo e firmou os alicerces sobre a rocha. E sobrevindo grande enchente,
o rio transbordou e as muitas águas avançaram sobre aquela casa, mas a casa não
se abalou, por ter sido solidamente edificada. Entretanto, aquele que ouve as
minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu sua casa sobre
a terra, sem alicerces. No momento em que as muitas águas chocaram-se contra ela,
a casa caiu, e a sua destruição foi total”. (Lucas: 6. 48 e 49) - Bíblia KJA
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Jesus está citando algo que pode ter sido parte do seu dia a
dia. Alguns historiadores
interpretam a palavra “carpinteiro” que definia a profissão
de José (e teoricamente de seus
filhos) como Pedreiro, no original significa “alguém que
trabalha com as próprias mãos”. E
pedreiro era uma profissão muito requisitada em Nazaré,
porque o Império Romano estava
querendo se impor também através da construção de cidades
para a nobreza em toda a sua
extensão. Muita gente na cidade de Nazaré trabalhava nas
construções nos arredores.
Mesmo que Jesus talvez não fosse um pedreiro, ele cresceu
então observando essas
construções suntuosas, os palácios romanos, e sabia que
cavar alicerces é um trabalho árduo.
Num terreno rochoso no tempo de Jesus isso significava
demora para alcançar um resultado
que pudesse ser visto. Pode ser um trabalho muito artesanal,
era difícil e o nível de capricho
determinava o sucesso da construção. Imagino que seria um
pouco desanimador ver outras
construções em fase de levantar as paredes enquanto não se
via nada além do movimento de
pedreiros no seu terreno. Tudo estava sendo construído para
baixo, num lugar escondido...
sem status... onde ninguém vê.
Nossa vida também é assim. O que define se seremos
derrubados ou não é o que está sendo
construído onde ninguém vê. No nosso coração. Muitas vezes
não gastamos tempo construindo os nossos alicerces. Queremos mostrar logo o que
pode ser visto pelos outros. Quando falamos de fundamento não somos pessoas interessantes
pra quem não os tem. Estamos numa sociedade que tenta nos ensinar que precisamos
ser vistos, ser o top dos tops, seguidos por multidões. Precisamos ter e fazer! Ser não importa muito, porque é alicerce, ninguém
nota! E como filhos de Deus, infelizmente nos deixamos levar por esse pensamento, e até
tratamos as pessoas conforme este pensamento.
Quando Jesus disse: “Quem ouve as palavras e as pratica” ele
estava se referindo às lições que tinha acabado de dar para os seus discípulos.
Antes de contar essa parábola ele pregou o sermão do monte. Vale a pena você
lê-lo com calma depois. Ele estava estabelecendo as leis do Reino de Deus nos
tempos da graça. É bem interessante notar que trata-se de uma “educação moral”.
Jesus está claramente preocupado com as intenções dos seus discípulos. E até
hoje é assim.
Praticar o sermão do monte vai formar o nosso caráter.
Muitas vezes nosso coração é duro como a rocha. Pode ser muuuuito trabalhoso.
No entanto, quando vierem as tribulações e dificuldades da vida estaremos
alicerçados. Saberemos como proceder para que a casa não
caia! Procederemos conforme as palavras de Jesus.
Grande abraço! Que Ele nos abençoe!
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