Reconciliação

Por Sueli Viana




E levantou ali um altar, e chamou-lhe: Deus, o Deus de Israel.” (Gênesis 33:20)

Só pra gente se situar, Israel aqui não era uma nação. Israel ainda não passava de um homem que estava com medo de morrer. Israel havia se chamado Jacó, que significa usurpador. Israel era um enrolão nato (literalmente nato, leia depois a sua história!). Israel havia enganado o seu pai e se aproveitado da bobeira de seu irmão, tirado vantagem de muita gente. Um dia Israel teve de encarar seu irmão, Esaú, e foi alvo da graça de Deus, e pôde experimentar a reconciliação.

Reconciliação não é uma coisa muito usual ultimamente. Veja nos tabloides, o que rola é que todos esperam que tenha tido pelo menos uma briguinha entre duas celebridades, esperam que haja o rompimento daquele casal que “ele não merece aquela mulher”, esperam que pais não reconheçam a paternidade dos filhos só pra virar uma briga feia no tribunal. É isso que rola no mundo, e infelizmente na igreja também. Esse sentimento de que rompimentos são pra sempre, domina a mente de muitos irmãos.

Certa vez uma pessoa me disse que achava inadmissível sua amiga conversar com uma outra moça com quem já havia tido uma desavença. Peraí, como assim inadmissível uma reconciliação? Infelizmente muitos de nós não acredita mesmo em reconciliações, e acha até que rola alguma falsidade quando acontece isso. Bem, só quem um dia precisou ser perdoado pode dar valor à reconciliação.

Jesus, após sua ressurreição encontrou-se com Pedro. Essa história foi assim: Pedro disse dias antes que morreria por Jesus. Jesus porém sabia que Pedro estava falando aquilo no auge das emoções, e disse que naquela mesma noite Pedro o negaria 3 vezes. Foi bem isso que aconteceu. Jesus morreu, ressuscitou, e se encontrou com os discípulos, inclusive Pedro. Imagino eu que Pedro estava com muita vergonha e pensava que Jesus jamais o aceitaria de volta, e que por causa do que havia feito talvez nem servisse mais pra ser discípulo de Jesus. Bem, Jesus gosta muito dos indignos, porque ele os torna dignos. No diálogo que tiveram, Jesus não só fez Pedro declarar com sua própria boca como era grande o amor que sentia por Jesus, como deu ordem pra que ele apascentasse as suas ovelhas (seu povo), e também disse pra Pedro que Pedro não havia mentido, ele realmente era capaz de ir até a morte por Jesus com ousadia, e que um dia isso aconteceria. Sem essa reconciliação o ministério de Pedro não existiria. Talvez ele voltasse a ser o Simão, pescador, filho de Jonas da Galileia. (Ref. João 21:15-19)

Veja bem, histórias como a de Pedro e a de Jacó deveriam fazer parte da nossa rotina como cristãos. Reconciliações não deveriam ser tratadas como impossíveis. Ainda que como no caso de Esaú e Jacó cada um vá para um lado, a reconciliação existiu, não precisamos achar absurdo que duas pessoas voltem a se falar mesmo depois de uma desavença. Cristo morreu e ressuscitou pra que existisse reconciliação entre nós e Deus, e comunhão entre nós e as outras pessoas.

Eu separei esse versículo hoje pra mostrar que Jacó aceitou a sua nova história. Ele deixou de servir a ele mesmo e passou a servir ao Deus dessa outra figura que nasceu da nova história de paz em sua família. Aceite que Deus pode estar mudando as coisas entre você e as pessoas que te cercam.

Façamos da reconciliação uma rotina em nossas vidas!

Uma abençoada quinta-feira pra nós!
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