Iludido

Por Sueli Viana



"E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra grande fome, e começou a padecer  necessidades" (Lucas 15:14)

Ás vezes eu me pergunto porque, na história que Jesus contava, o pai não impediu o seu filho de ir embora. Notamos que pode parecer uma atitude meio passiva do pai num primeiro momento, como que deixando o filho seguir o caminho do sofrimento escolhido por ele. 

Nosso Pai faz isso conosco às vezes. Nem sempre Ele nos impede de seguir o caminho da nossa cabeça orgulhosa e iludida. Aquele caminho que "prova" que não precisamos nem dEle e nem dos nossos Irmãos porque sabemos tudo sobre qualquer coisa.

Fato é duas coisas: O pai sabia que o filho não aguentaria a vida que escolheu, mas o rapaz precisava se enxergar rodeado de lama e morrendo de fome. Ele precisava de um choque de realidade pra perceber como estava iludido por si mesmo. Depois, o pai sabia que ele voltaria. Não é a toa que Jesus deixa claro que o pai todo dia esperava o rapaz. Ele não partiu para um caminho sem retorno. Ele partiu para um caminho de volta pra casa. O pai talvez enxergasse isso melhor que o próprio rapaz.

Não somos diferentes do filho pródigo. Muitas vezes estamos cativos do nosso orgulho, do sentimento de independência, menosprezando os conselhos daquelas pessoas que Deus coloca em nossos caminhos para nos alertar, não consideramos as consequências dos nossos caprichos e o quanto magoamos as pessoas a nossa volta com eles. Simplesmente partimos e deixamos atrás de nós um caminho cheio de rastros e pedras como se jamais fôssemos voltar 

por ele. Haverá o tempo da volta, cedo ou tarde. Haverá o processo da "desilusão" sobre o nosso próprio ego. Olhe as histórias da bíblia. Isso aconteceu com Jacó e Esaú, aconteceu com os irmãos de José no Egito, tem acontecido de geração em geração.

O quanto antes precisamos nos humilhar e reconhecer: "Pequei contra Deus no céu, mas pequei também contra você meu irmão aqui na terra. Sei que não sou digno de ter um relacionamento de confiança com você de novo, mas pelo menos me perdoe". Não adianta fingir que nada aconteceu, o caminho de volta é sempre se retratar com as pessoas. Caso contrário isso é um peso tão grande que se torna como uma âncora que nos impede de prosseguir na nossa vida saudavelmente.

O filho pródigo nos mostra que quando entra a humildade na nossa história, recebemos o perdão e no caso de Deus, a aceitação incondicional. Uma nova história. E aquele caminho torto cheio de rastros e lixo, Ele mesmo vai endireitando. Aquele coração de ferro e bronze que não está disposto a nos receber, Ele mesmo abre. E a glória da segunda casa é sempre maior que a da primeira. 

Que isso nos persiga em Nome de Jesus!

Tenham uma semana abençoada!
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